Single, EP ou álbum?
Este post de hoje é dedicado exclusivamente para os amigos e colegas músicos que, assim como eu, têm muitas dúvidas sobre qual a melhor estratégia usar no "povoamento” de nossas músicas em nossos perfis, nas plataformas digitais.
Nos últimos anos, tenho sido bastante ativo nas plataformas digitais, em especial no Spotify, e, assim, vários amigos artistas frequentemente me perguntam sobre o que seria melhor lançar: single, EP ou álbum?
Primeiramente, como também me encontro em fase de descobrimentos, testes e exploração desse universo digital, deixarei aqui apenas o meu ponto de vista e, desde já, afirmo estar sempre aberto para a troca de boas idéias.
Há algum tempo, tenho buscado ler e ouvir de especialistas na área sobre práticas que nós, artistas, podemos e devemos tomar para mais bem nos comunicarmos com nossos ouvintes, tendo as plataformas digitais como meio. No youtube, acabei me esbarrando com vídeos de um produtor musical chamado Damian Keyes (https://www.youtube.com/c/DamianKeyes), que me chamaram muita atenção. Damian sempre bate na tecla de que as plataformas digitais, em específico o Spotify, devem ser entendidas como mídias sociais como Facebook ou Instagram, por exemplo, no sentido de que é necessário haver constante inserção e atualização de conteúdo em nossos perfis, de forma que possamos maximizar a tração de engajamento com o público. Nesse sentido, é super importante que não haja um hiato muito grande entre um lançamento e outro. Isso também é corroborado pelo fato de que a forma de consumo de música pelos ouvintes é bastante diferente do que já foi e, atualmente, as pessoas não apenas querem ouvir aquilo que você lançou hoje, mas o que vem depois. Há uma natural expectativa dos ouvintes pelo o que está por vir.
E qual seria a frequência ideal entre lançamentos? Bom, até onde já pesquisei, não há uma fórmula de sucesso já estabelecida. Mesmo assim, muitos especialistas dizem que de 4 a 6 semanas parece ser uma periodicidade mais efetiva. Contudo, é preciso também equacionar algumas coisas relevantes como nossas próprias limitações para a criação de novas músicas e/ou arranjos e interpretações de composições de outros artistas, bem como tempo e orçamento destinados a gravações, mix e master, além do próprio custo para distribuição nas plataformas digitais, caso não tenha contrato com uma distribuidora. Assim, acredito que a melhor frequência é aquela que se aplica à sua realidade. O que realmente importa é produzir conteúdos com constância.
Mas, e aí? O que é melhor: single, EP ou álbum? Para mim, todos os três. Mas, acho ser essencial haver o planejamento para o que vem logo em seguida. Por exemplo, lançar um album com 10 músicas hoje e somente alimentar seu perfil no Spotify novamente daqui a 6 meses, certamente não ajudará os algoritmos a fazer chegar sua música até as pessoas. Talvez, neste caso, seja interessante lançar uns dois singles, um em cada mês, e, em seguida lançar o álbum completo (inclusive com os singles). Assim, além de preencher 3 meses com novos conteúdos, você também terá mais tempo para promover o produto final com mais solidez.
Repetindo uma expressão que ouço na minha família há muito tempo, “sintetizando o resumo": para se aventurar neste mundo digital e ter cada vez mais engajamento dos ouvintes com sua música, é preciso buscar e manter frequência nos lançamentos, evitando, assim, um gap muito grande entre eles. Mas, é igualmente importante termos um olhar bem realista sobre as nossas limitações, no que se refere à produção de novos conteúdos, para que possamos alimentar nossos perfis dentro da constância que nos seja possível.
E aí? Esta informação ajudou? Se você tem algum comentário, sugestão, dúvida ou gostaria que eu falasse sobre algum outro tema, deixe seu recado aqui embaixo que eu terei o maior prazer em ler e responder.
Tico.